domingo, 2 de setembro de 2018


Eu encontrei meu grande amor, mas já era tarde demais...

Era uma noite qualquer quando numa mesa de bar ele sentou à frente. Lembro-me bem...estava com 2 camisas, uma camisa de botão aberta e outra por dentro. Chegou. Sentou. Se encurvou. Fixou os olhos no celular. Falou sobre Belchior. Depois mais nada. E eu até achei interessante o mistério que ele passava em tão poucos gestos.
Depois de muito vê-lo por ali, resolvemos do nada nos falar. Achei um meio de me conectar a ele, depois de tanto tempo só trocando olhares.
Descobri que ele me odiava. Odiava o jeito que eu me expressava. Odiava o jeito a qual eu parecia tão "introspectiva" "seletiva" sei lá....Descobri também que em meio a “ódios” sem motivos, tínhamos os mesmos desejos, a mesma visão de vida, a mesma conexão. Talvez a gente só não soubesse o que tivesse havendo quando nos olhávamos naqueles breves momentos.
Não passávamos um dia sem nos falar, nenhum minuto. Descobrimos também que não era fácil estarmos juntos, e que por incrível que pareça era nossa maior dificuldade.
Não era fácil não querer está ao lado dele, era sufocante, olhá-lo e não poder acariciar seu rosto, fazer um cafuné. E nessas frustrações, me via beijando outras bocas, mas advinha? Era a dele que eu imaginava.
Um certo dia, conversando em uma noite qualquer, resolvi falar sobre o tempo e calor só pra distrair, e do nada me peguei roubando um beijo dele. Fui retribuída. Infelizmente, foi a única noite que eu o tive. Eu esqueci toda a realidade, só existia eu e ele...era um calor, misturado com o frio da noite, era o medo misturado com prazer, mas foi só uma noite e nada mais. Eu sabia que nada ia acontecer depois.
Mesmo assim, depois disso, mesmo sabendo do meu limite a companhia dele era o que eu mais precisava, independente de beija-lo ou não, a companhia dele me completava. Conseguimos .
Descobrimos uma amizade tão forte, um companheirismo tão leve e que surgira do nada;
Descobrimos que os amores da vida aparecem sem ter razão, e nem explicação; Descobrimos também a inspiração que nos faltava pra poder escrever mais canções.
Consequentemente caímos em si quando já estávamos envolvidos à beça em tão pouco tempo, tão poucos momentos, era realmente algo inexplicável.
Uma vez nos perguntamos se tudo aquilo que estava acontecendo era só confusão de nossa mente ou verdade de nossos corações?
Descobrimos com essa pergunta que  não é fácil e nem tão racional assim tomarmos decisões. E uma das alternativas mais fáceis (acreditem) foi dizer adeus mesmo sem querer....no dia, meu mundo tinha caído como nenhuma vez tinha acontecido...o céu ficou cinza, o violão desafinado, as borboletas já não voavam mais.
Descobri com essa ausência que não era apenas encontros de corpos, era encontro de almas.
Duas almas perdidas, querendo saber o que realmente fazer. Ir de contra a corrente até não poder resistir, ou continuar com o medo de tudo ser apenas ilusão novamente. Apenas “fogo da paixão”.
Descobrimos que ter tempo, não quer dizer que ele esteja ao nosso favor, e que ter muitos ventos ao nosso redor, eles podem estar vindo em outras direções. Pelo menos por agora. 
O que eu quero dizer com isso tudo é que o amor da nossa vida, pode não ser nosso. E tá tudo bem!
Mas hoje posso dizer (se me perguntarem) que o amor da minha vida, tem os olhos mais suaves, o sorriso mais dengoso, o abraço com  o melhor aconchego, o beijo com o melhor desejo, o sexo com a melhor entrega, a conversa que melhor flui, o amor que desmancha qualquer armadura, a palavra que te acolhe, a voz que vicia, os dedos que melhor deslizam e acariciam seja ela a superfície que for.
                     Mas a gente se encontrou tarde demais. (?)


segunda-feira, 7 de maio de 2018

O amor em pedaços de papel


 Esses dias me veio uma lembrança de minhas primeiras decepções amorosas.
Ainda lembro exatamente do que passou e de como eu me senti quando escutei da garota que eu achava mais incrível me disse numa voz de veludo um simples "eu gosto de você", eu fiquei sem reação, não consegui dizer uma palavra, dei um sorriso no canto da boca e fui pra casa. 
Apesar de muita pouca idade e diante todas as formas do mundo para me declarar, decidi a mais difícil tarefa que foi a de escrever em uma folha tudo o que eu sentia, passei horas olhando para o papel e nada vinha à mente além da palavra “eu te amo”. A pressa pra me declarar me consumia, mas o tempo se passava e nada, olhar para ela quase todos os dias sem saber o que dizer, me corroia.
    Depois de um tempo, tive coragem de entregar, entreguei, ela me agradeceu friamente e eu fui embora...esperava algo a mais. Mas nada aconteceu. 
Um dia depois passando pela rua, encontrei umas folhas jogadas e rasgadas no chão, reconheci de longe os meus rabiscos , meu coração travou...mesmo assim peguei a folha, e eram os milhões de “EU TE AMO” que tinha escrito em uma folha frente e verso.
     Apesar da tristeza que me consumiu, fui pra casa conformado, talvez foi minha culpa de demorar tanto por uma coisa tão simples: dizer o que sente na hora certa, e hoje trago comigo a lição de que as vezes pode ser tarde demais. 

sábado, 6 de setembro de 2014

A garota da mochila verde.

               É raro alguém dizer que amou á primeira vista. Eu só amei uma vez assim....
     O cabelo dela era cacheado, curtos, e castanhos. Com ela acompanhava uma mochila verde com aparência meio velha, devia ser uma mochila que vinha acompanhando-a a muito tempo. Lembro-me de quando olhei diretamente para seus olhos, senti o que escutei em música qualquer uma vez "A tempestade que chega é da cor dos seus olhos castanhos"...Seu olhar era expressivo e um pouco mais abaixo uma boca totalmente desenhada e o que a deixava fascinante era seu sorriso e seu olhar.
    Tive o privilégio de ter conversas, olhares e até alguns beijos dela,  mas o destino torna-se um pouco cruel em relação ao coração...e nos separou. Motivos? até hoje eu não sei explicar.
    Passou-se um tempo e depois de muito tempo sem vê-la, a vi um pouco longe da onde me encontrava. Seus cabelos não eram mais o mesmo e sua bolsa não a acompanhava mais, mesmo de costas sabia que era ela, e meu coração nada fez ( achei que  o tempo também houvesse modificado o que eu sentira), mas assim que me direcionei a sua direção e fui com ela falar, voltei a anos atrás e meus olhos voltaram a brilhar do mesmo jeito que brilhara da primeira vez que a tinha visto.
     Ela podia ter mudado fisicamente, mas seus olhos me transmitia a mesma pessoa.
    Um sorriso, um olhar, um tudo bem, como vai, repleto de saudades. A despedida foi a pior coisa do nosso reencontro ( pelo menos pra mim)
     O destino pode ter sido cruel e nós podemos ter mudado, mas de uma coisa é certa.Ela sempre será a minha verdadeira paixão.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

E por mais que doa a paixão,não tem nada não, vou seguir vivendo.

Ela decidiu ir com intuito de encontrá-lo.
Tapiou em meio a multidão e olhando para ela com atençao...O achou.
Seu coração disparou na mesma hora...em meio de tanta gente naquele show ela conseguiu o ver pelo simples fato de ser especial (pelo menos para ela).
Mas ela chegou tarde e da maneira errada, ele já estava se divertindo e com outra. Risos e mais risos, passadas de mãos bobas nos braços, e uma conversa descontraída. Ela deu meia volta como se nada tivesse acontecido, mas ao mesmo tempo como se tudo tivesse acontecido.
    Andando no meio da multidão do show, ela nada escutava, nada enxergava...tudo parecia sem som e sem luz....e por mais que doesse a paixão ela ia continuar vivendo.

domingo, 25 de maio de 2014

Muito prazer, ao seu dispor...mas só até amanha.

Desculpe-me se te fiz acreditar em algo além de um simples romance de verão,;
Desculpe-me se te olhei com olhos de promessas e depois sorri como quem nada quis;
Desculpe-me se te mostrei o quanto é bom aproveitar a vida só por um breve momento e depois não te dizer como aproveita-la sem mim;
 Desculpe-me de te beijar loucamente e de te dizer que nossas bocas se encaixavam, mas quando no fundo eu queria dizer que nossa carne nos aproximava e nossos corações tinham que se repeli;
 Desculpe-me se fui cruel ao despertar a mulher em você, enquanto você ainda sonhava com suas histórias de livros de romance;
 Te mostrei a realidade, tão dura quanto pode ser....e isso eu não peço desculpas.
Foi pouco tempo,  gostei de cada momento junto a ti, mas não podemos negar que nossas vidas são tão distintas, distantes uma da outra que não lutaríamos por nada pra termos um ao outro...
  Sem romances, sem paixões, sem sentimentos....tá, houve sentimentos, não negaremos mas apenas o bastante pra que não nos arrependêssemos do acontecido entre nós.  Te disse desde do começo, que nosso caso teria prazo. Sim, podem até dizer o amor não tem prazo e como nosso caso não é amor....terá.
                        Muito prazer, estive ao seu dispor...mas só até amanha.
    E que num dia desses, num desses encontros casuais, a gente se encontre e encontre a  explicação...e podemos olhar um ao outro e dizer : ”Pra ser sincero...prazer em vê-lo(a), até mais” Mas dessa vez, sem beijos sem paixões, sem crimes sem castigo....apenas bons amigos.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Largo tudo pra gente se casar domingo.

      Meu bem, te escrevo pra te mostrar mais um pouco do amor imenso que sinto por você. As palavras são poucas em relação a dimensão desse sentimento, mas expresso-as bem melhor  por escrito do que por voz.
     Minha história se divide em duas, antes de você e depois de você. Antes de você ,eu achava que meu coração vivia bem, meu sorriso era bonito, e que era completamente feliz. Mas o destino brinca conosco e nos faz ver que é inutil ter certeza do que a vida nos oferece...e então, apareceu você.
     Era dificil admitir pra mim mesma que eu sentia que nosso caso ia ser até o fim de nossas vidas, e ainda tinha medo de você não ter sentido o mesmo.
    Passou-se os anos e eu posso te afirmar que:
          Sem você, meu caminho não teria as mesmas flores por onde vim e irei, e meu mundo não seria tão bonito;
          Sem você, o amor não teria significado nenhum e que eu não teria o mesmo brilho no olhar;
         Você me mostra que pode haver tempestades em alguns momentos da vida, mas que qualquer caminho que eu escolher você estará ali do meu lado;
          Não importa a pedra que aparecer no meu caminho, você sempre me mostrará o caminho das pedras.
                                                 " Anything at all you got it, baby"
          Não importa se as vezes eu estou longe de tudo o que me faz bem (familia, amigos,..), pois quando olho pra você vejo todos eles em um só...e eu me sinto em casa novamete.
                                                     "Você me dá sorte na vida."
          E que se você quiser, eu largo tudo pra gente se casar domingo....Seja na praia, no sol, no mar ou até num navio a navegar...o lugar não importa, o que importa é que seja com você. Leve, firme e pra sempre.
                                                     "Então, vem pra perto de mim?"







       
       

quarta-feira, 19 de março de 2014

Ele sorriu.
Mas ele não quis ficar.
Ela retribuiu o sorriso, pois sabia que tinha que se acostumar.